O salário mínimo do Chile, assim como sua economia, é um ponto bastante discutido no meio internacional, devido à natureza do mercado chileno. Por lá, aplica-se um estratégia altamente neoliberal de privatizações e negociações bilaterais (sem códigos legais de definição dos parâmetros trabalhistas). O resultado é dificuldade em compreender o real valor do trabalho chileno.
Embora o país tenha uma economia que, em termos totais, não configura entre as maiores do mundo, seu progressivo crescimento é um dos pontos fortes, chamando a atenção da economia global.
Para muitos analistas, a economia chilena é a mais sólida da América Latina, enquanto muitos outros consideram-se que trata-se de um mercado que simplesmente sabe representar-se adequadamente para o mercado externo. Obviamente, todas estas discussões refletem no salário mínimo do Chile.
Saiba mais sobre o assunto, e entenda como funciona o mercado, as condições de trabalho e o salário mínimo do Chile:
Qual é o salário mínimo do Chile?
Atualmente, o salário mínimo do Chile é de cerca de 250 mil pesos chilenos por mês, o que representa pouco mais de R$ 1.200,00. Para menores de 18 anos e pessoas acima dos 65, o salário mínimo por lá pode ser reduzido para cerca de metade do valor.
Há, no entanto, uma outra questão significativamente preocupante a respeito do salário mínimo do Chile: a quantidade de relações de trabalho que não obedecem este tipo de regra. Em função da alta liberalização da forma de contratação de trabalho, estima-se que mais de metade dos trabalhadores chilenos não recebam o mínimo legal.
Qual a situação econômica do Chile?
O Chile possui uma das economias das industrializadas e tecnológicas da América Latina. Embora seu PIB seja inferior a meio trilhão de dólares anuais (o que o coloca na posição número 43 entre as maiores economias do mundo), mais de 40% desta arrecadação tem origem industrial. Mais de 50% da economia é movimentada no setor de serviços.
O país vive, deste os tempos da ditadura, uma situação de neo liberalização econômica, com aproximação aos EUA e políticas de dinamismo mercadológico – o que diminui a burocracia e facilita a criação de empregos, mas também diminui a estabilidade e garantias de uma relação de trabalho.
Qual o nível de emprego chileno?
A taxa de desemprego do Chile é considerada baixa, atingindo pouco menos de 7% em 2016, o que representa mais de oito milhões de trabalhadores empregados. Fato curioso sobre a economia chilena é a ausência de uma legislação trabalhista específica para consolidar todas as regras locais.
Isso permite que os trabalhos sejam definidos contratualmente, de forma bilateral. É este o tipo de situação que permite que boa parte da população empregada receba menos do que o salário mínimo do Chile.
Quais são os direitos trabalhistas no Chile?
Os direitos trabalhistas por lá variam de acordo com a forma como o contrato de trabalho foi negociado. Em geral, os termos do trabalho podem ser definidos entre empregador e empregado antes da assinatura, variando uma série de características, desde a frequência do pagamento, até as férias e a remuneração ou não de certas licenças.
Por isso, não é possível listar um conjunto específico de regras. Em geral, é comum que se negocie um período de férias anuais – remuneradas ou não – e alguns dos benefícios comuns por aqui, mas de forma reduzida.
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